Prepare seu beck, porque vamos fala de The OA

Que viagem...
   Recentemente a Netflix está lançando desesperadamente um trilhão de séries para todos tipos de gostos, que vai de séries de humor (como Crazyhead) há séries conceituais de ficção diferentonas que não fazem sentido algum, mas que adoramos assistir; e é desse tipo de série que vamos falar hoje.

Zal Batmanglij e Brit Marling
   The OA é a mais nova série lançada pela Netflix (dentre outras 5 lançadas essa semana), dirigido pelo cineasta Zal Batmanglij, que já dirigiu dois episódios de Wayward Pines; e pela roteirista e atriz Brit Marling, que é a protagonista da série. Os dois já trabalharam juntos, dividindo os roteiros no cinema com os filmes Sound of My Voice de 2011 e The East de 2013. A série foi uma surpresa para muita gente, pois não havia rumores de sua produção, e seu trailer foi lançado uma semana antes (dia 12/12) de adicionarem a série ao catalogo da Netflix no dia 16 sexta feira. O trailer de 1:40 já revela muito (não revelando nada!) sobre como será a série, super misteriosa; se assistindo o trailer você não intende nada, assistindo a série você intende menos ainda (exagero meu, ao decorrer dos episódios da para intender um pouco sim). Veja o trailer:



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  A série tem 8 episódios consideravelmente longos de no mínimo 40 a 50 minutos, a temporada toda é como se fosse um filme torturante de 8 horas de mistério absoluto que te prende do começo ao fim.

   A premissa dela é muito boa, porém depende muito do gosto do telespectador, se vai gostar ou odiar a série. Vou falar o que tem na maioria das sinopses, não dando muito spoiler, pois o mistério é essencial para uma boa experiencia da série.

   A série acompanha a história de uma garota cega, Prairie Johnson, a personagem da Brit, que desaparece misteriosamente. Apos 7 anos desaparecida, a mesma é reconhecida em um vídeo no youtube, em que ela se atira de uma ponte (bem louca suicida sim!), fazendo com que seus pais a encontre, e a levem de volta para sua cidadizinha natal, onde todo mundo só fala dela (a fofoca rola a solto, e ela vira uma espécie de pop star, só que de uma maneira ruim). A história e o mistério aumenta quando as pessoas ficam sabendo que ela voltou a enxergar; após isso pode esquecer a premissa principal da série pois, a história vai tomando rumos que ninguém poderia imaginar, envolvendo espiritualidade, filosofia, cientificismo e todo tipo de paranauê ideológico estranho existente.

   A primeira coisa que você tem que fazer antes de assistir a série, é repelir todos artigos lidos que comparam a série com Stranger Things; comparação super nada haver, que muitas páginas estavam fazendo; The OA tem uma pegada completamente diferente; a fotografia é mais sombria, e não ha nostalgia nem referências ha cultura pop; a série se trata de algo completamente novo, que ou você adora intendendo e não intendendo; ou odeia não intendendo nada. A série é basicamente uma mistura da vibes de vários filmes; listei cinco filmes que se assemelham ao máximo possível dela:

Interstelar: O começo da série se assemelha a Interestelar, no quesito, motivação gerado pelo relacionamento familiar (filha e pai) criando coisas inexplicáveis; porém diferente do filme, o mistério é desvendado pela filha e não o pai.

Donnie Darko: Se aproxima no quesito paranoico e teórico (sobre teoria de outras dimensões, espaço e tempo) se assemelhando e muito no jeito em que o telespectador assimila o filme, criando inúmeras tentativas e introspecções, mesmo assim deixando diversas dúvidas e incertezas e muitas outras interpretações possíveis.
Personagem "Sapão" Homer de Emory Cohen

Cisne Negro, e Perfect Blue: Se iguala na questão psicológica, envolvendo a duvida da sanidade mental dos personagens, fazendo o telespectador e a personagem duvidar muitas vezes do que é real e do que não é.

Sense8: O relacionamento dos personagens (principalmente a do Homer e Prairie) que tiveram EQM, tem uma ligação similar a da série, em que de alguma forma estão interligados.

   Abaixo fiz uma análise com SPOILER, se você assistiu a série leia, se você não assistiu, leia mesmo assim.

Análise com spoiler

Prairie com seu casaco super fashion futurista
    Essa série é completamente viciante; a premissa já e interessante, mais o rumo que a personagem vai tomando nos segura ainda mais para saber sobre o mistério, até depois de descobrir onde ela se encontrava nos 7 anos, ficamos sagazes de sede por desvendar outros mistérios que vão surgindo. Toda a temporada é como se fosse um filme (como disse acima) pois, apenas um episódio não da informação suficiente para saber o que se passa (se bem que nem no final da série, da pra saber direito), prendendo o telespectador, e fazendo com que a gente tenha a necessidade de ver imediatamente o próximo episódio.

   A série tem uma pegada de fantasia e ficção cientifica, muitas vezes envolvendo paranoia, acerca da sanidade mental da protagonista, havendo momentos em que você acredita em sua história e momentos que não, tendo momentos que até ela e os próprios personagens duvidam. As cenas são maravilhosas, a fotografia bem sombria combina com a protagonista esteticamente sem sal (loira pão com ovo) e com cara de louca, trazendo varias cenas dela, com cara de paisagem, e com cabelo e vestido ao vento. A série chega a ser enjoativa quando se trata das decisões e lerdezas dos personagens, que muitas vezes se mostram burros, expondo a falta de aprofundamento das possibilidades de decisões deles em determinadas situações.

Phyllis Smith como Elizabeth "Betty"
    Eu pessoalmente achei alguns personagens bem construídos; os adolescente que seguem a OA, por exemplo. Em cada episódio é focado em um deles, mostrando as dificuldades e problemas de suas vidas (como problemas familiares, drogas, identidade e depressão); acho legal também a evolução deles após ter o contato com a OA; as histórias doidas filosóficas dela fazem eles se unirem formando uma especie de família. Outro personagem que eu amei (odiei o personagem, amei o ator) foi o Dr. Hunter "Hap" de Jason Isaacs; o ator interpreta muito bem a vibe de cara obcecado, quase um psicopata, fazendo a gente odiar ele com todas as forças.

Personagen Prairie entrando na cova do leão
   Uma coisa que me decepcionou foi o relacionamento entre alguns dos personagens; exemplo do Homer interpretado por Emory Cohen com a Prairie; não sei se eu não prestei atenção suficiente, ou estava mais interessado no sair do cativeiro; que não percebi a química nem a construção amorosa entre os dois (foi tudo muito rápido). A protagonista diz amar o Homer, mas isso quase não se mostra na série, não há uma construção de relacionamento entre os dois (mesmo vivendo 7 anos juntos separados por uma parede de vidro), se há, foi muito mau feito. Outro exemplo que se encaixa, é da protagonista com seus pais adotivos, Abel Johnson interpretado por Scott Wilson e Nancy Johnson por Alice Krige; só nos últimos episódios que se percebe o desconforto da Prairie quanto a eles; se mostrando superficial também a preocupação dela com os pais (parece que ela não tá nem ai pra eles).

   No geral a série é boa, tem algumas falhas mas nada que a prejudique totalmente, inclusive assistem o quanto é antes, porque um spoiler pode atrapalhar a trama. Logo a baixo escrevi minhas reações e pensamentos assistindo os dois primeiros episódios:

Reações 

Episódio Um

Prairie não tinha quebrado os pés? ela pulo de uma ponte, mas agora tá saindo pra caminhar normalmente, não intendi nada nem um pouco.

Que angústia essa cena...
Espere um pouco, como ela conseguiu sua visão de volta?

A cena de sexo eu nem comento, seria meu sonho? *sentindo um calorzinho

Que pai doido, colocando a menina no gelo em tempo de pegar pneumonia. *bravo

Que mulher hippie é aquela com o capuz? *intrigado

Episódio Dois

Quantos anos tem os pais adotivos dela? parecem bem velhos.
Cena da Hippe do capuz

Ela ta tocando em Nova York e aproveitando pra ganhar uns trocados; será que ela vai achar o pai? *ansioso

Quanto tempo demora pra ela contar essa história, para as cinco pessoas?

Acho que o Jason Issacs "Hap" gosta dela, eu faria no mesmo momento...

Então Hap usa sua Batcaverna como cativeiro...

Começando a odiar o Hap seriamente. *odio

Já não basta ter perdido o pai mafioso, morado no puteiro, virar cega, agora tem que ser sequestrada para experimentos científicos; isso é uma novela mexicana ou uma série americana?

Livre!!!
   Nos próximos seis episódios não consegui nem ter reações direito, minha mente estava muito ocupada tentando raciocinar e assimilar o que se passava. Confesso que me senti livre após ter acabado de assistir a temporada, pois eu não conseguia parar de assistir. 

   E você? O que você achou da série? conseguiu assimilar e intender? comente ai embaixo o que achou, curta e compartilhe o post. Beijos é até mais!

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