Representatividade LGBT nas animações



      Esse ano ando muito interessado em assuntos ligado ao movimento LGBT, Em dezembro do ano passado comecei a fazer parte de um coletivo, o "Coletivo LGBTTQI da UFOP" da universidade em que graduo História; minha primeira surpresa foi ver a quantidade a mais de siglas que que eu desconhecia,  pois só conhecia o "LGBT", o "TQI" não; logo descobri que o "TQI" são Transgêneros, Intersexuais e Queer, (não vou explicar o que cada um significa aqui, mas depois posso fazer um post sobre isso); Independente da quantidade de siglas que existem (pois existem muito mais que essas) eu acho importante saber que elas representam pessoas, mesmo tendo indivíduos que não se identificam com nenhuma, elas são importantes pelo lado político; um meio de identificação para que o estado saiba que essas pessoas existem (vivemos em uma sociedade, uma hora ou outra somos "catalogados").
Coletivo LGBTTQI UFOP

      Um exemplo da importância da siglas é quando uma transexual é presa; na identificação dela está o nome masculino e o gênero masculino, já seu nome social (muitas vezes feminino) não serve como base pra encaixá-la no sistema carcerário feminino, isso fara com que a mesma seja presa junto com detentos Masculinos (que provavelmente irão violentá-la), sabemos que hoje tem lugares em alguns presídios especialmente para LGBT, porém isso nem sempre é uma realidade. tendo a sigla T e o estado a reconhecendo como uma Trans, ela poderá ter uma área segura para pessoas T. 

     Esses problemas entre outros me vem a cabeça quando penso sobre a condição da população LGBT... no mundo. Isso me fez pensar também em como essas pessoas são representadas; poucas vezes há representação dos mesmos que fogem de esteriótipos do próprio meio. Na mídia a maioria das trans são cis, os gays e lésbicas também são representadas da mesma forma, esse tipo de representação ignora totalmente os outros tipos de pessoas LGBT... existentes, e ainda reforça um padrão sobre a quebra de padrão. Representações estereotipadas de gays, lésbicas etc, em filmes, séries são frequentes; mas em animações? como se da essa representatividade? 

   As animações por terem um grau a mais de ficcionismo tende a ser mais diversificados em suas representações da realidade; um exemplo disso é a do personagem Donny do reboot da As meninas super poderosas de 2016 que trás representatividade trans ao desenho.



Representatividade LGBTTQI na animação As Meninas Super Poderosas

    O episódio “Horn, Sweet Horn” (Chifre, doce chifre) foi ao ar no dia 7 de abril. Nele, Lindinha conhece Donny, um pônei falante que usa um chifre de unicórnio falso na cabeça. “Eu posso não ter um chifre, mas eu tenho coração, e no meu coração eu sei que eu sou um lindo unicórnio!” Lindinha então o convence a se submeter a um procedimento “transmogrificador” para que seu corpo possa corresponder a sua identidade, o procedimento não dá certo e Donny transforma-se num monstro gigante. Aterrorizado pelas consequências, ele reclama: “Olha como estou! Eu me tornei um monstro!”.


   As Meninas Superpoderosas conseguem a ajuda do Quartel General do Pelotão da Aliança da Coalizão dos Unicórnios, e descobrem  que Donny sempre foi um unicórnio, não importava qual era sua aparência exterior. O episódio termina com um coração animado com as cores da bandeira trans 💖 

   O episódio passa claramente a mensagem de identidade, colocando o pônei como trans que transcende os padrões se identificando como unicórnio, ele não precisou nascer daquele jeito pra se sentir de tal forma, ele simplesmente é. A escolha do desenho de colocar um personagem animal, foge de qualquer esteriótipo de gênero, de comportamento e estética cis ou não. Episódio abaixo:




A princesa Biscoito

      Outro desenho que também focou na representatividade Trans é o episódio 13 da quarta temporada de Hora de aventura.  O episódio em questão se chama “A Princesa Biscoito” e ele começa com um grande assalto, onde o criminosa é a Biscoito, la ela mantêm alguns reféns em um supermercado. Tudo que ela exige para libertar a população é a coroa da Princesa Jujuba.

    Jake e Finn resolvem se infiltrar no local e tenta convencer o meliante a sair; Jake acaba conversando com a Biscoito, que conta a ele o porque dela querer a coroa da jujuba; ela fala que quando pequena disse a Jujuba que queria ser uma princesa igual a ela, com isso a Jujuba debochou rindo dela, sabendo disso Jake comovido com a história ajuda a princesa a fugir, e ainda se torna amigo da mesma a reconhecendo como princesa (os outros personagens não).

   Esse episódio tem tudo haver com identidade e representatividade LGBT..., a princesa Biscoito pode ser vista como trans, buscando reconhecimento e aceitação. Quem quer assistir o episódio e tirar suas próprias conclusões, o episódio esta ai abaixo:



Pride! Pride! Pride! Pride!
🌈 Bom gente, espero que tenham gostado, outros desenhos LGBTTQI podem ser vistos nessas postagens aqui:

▪️10 Vezes que as animações quebraram com o padrão de Gênero e Sexualidade

▪️Animes que quebraram o padrão de Gênero e Sexualidade

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